Programa Oficina das Finanças na Escola
Pesquisa de impacto 2016
INTRODUÇÃO
Os dados a seguir se referem às respostas coletadas por 1071 alunos,147 pais e 97 professores de escolas que adotaram em 2016 o Programa Oficina das Finanças na Escola. Foram aplicados três questionários diferentes, específicos para cada público (alunos, pais e professores), elaborados com base em objetivos para identificar a influência direta e indireta do Programa.
Os dados foram coletados majoritariamente entre 31/8/2016 e 26/01/2017. Eles representam uma amostra por voluntariado da população. Por isso, os resultados da pesquisa não podem ser considerados representativos de toda a população de pais, alunos e professores das entidades participantes, embora sejam válidos para formular hipóteses sobre esse universo.
Responsável técnico pela pesquisa: Laboratório de Psicologia Social da Universidade de Brasília.
PROFESSORES
Participaram 96 professores, com média de idade de 37,8 anos (DP=8,2 anos), a maioria do sexo feminino (85,4%), de 36 escolas diferentes.
Os professores julgaram os itens abaixo utilizando uma escala de 0 (discordo totalmente) a 10 (concordo totalmente).
A respeito dos alunos, os professores avaliaram os seguintes comportamentos:
A respeito do programa, avaliaram os seguintes aspectos.
Foi realizado um processo de fatoração dos 20 itens, obtendo uma solução unifatorial com uma redução para 19 itens, agrupando itens sobre a percepção do professor sobre o programa de Educação Financeira.
Os professores também indicaram quais dos recursos disponíveis pelo programa que utilizam.

Esta nuvem de palavras foi criada a partir daquelas que apareceram com maior frequência nos depoimentos espontâneos. Quanto maior o tamanho das palavras, maior a frequência com a qual elas apareceram nos depoimentos.
COMENTÁRIOS
Diante dos resultados dos dados coletados, podemos destacar que, no geral, os professores apresentaram bom desenvolvimento do programa em sala de aula, utilizando os livros de atividade (9,53) e considerando as discussões em sala enriquecedoras (9,31). Além disso, julgam a Educação Financeira relevante para o futuro dos alunos (9,82) e consideram que esse trabalho feito na escola é relevante (9,31). Também enxergam que os alunos são participativos nas discussões (8,77) e conseguem relacionar o aprendizado ao cotidiano (8,42). A respeito do programa, os professores julgaram que o apoio pedagógico da Oficina das Finanças contribuiu para a realização das atividades (8,54), que aplicam os conhecimentos do programa na vida pessoal (8,6) e que o certificado do curso de 120h é útil para sua vida (8,44). Os materiais mais utilizados foram: livro comentado (97,9%), atividades extras do ambiente de apoio (56,3%), vídeos do ambiente de apoio (62,5%) e planejamento das aulas do ambiente de apoio (53,1%).
FAMÍLIA
Participaram 145 responsáveis, com média de idade de 42,4 anos (DP=7,1 anos), a maioria do sexo feminino (52,4%). Seus filhos eram de 10 escolas.
Os pais julgaram os itens abaixo utilizando uma escala de 0 (discordo totalmente) a 10 (concordo totalmente)
A respeito dos filhos, os pais avaliaram os seguintes comportamentos.
Foi realizado um processo de fatoração dos 10 itens, obtendo uma solução bifatorial em que o fator 1 agrupa itens sobre a percepção do comportamento financeiro dos filhos, e o fator 2 agrupa itens sobre a valorização do programa e do ensino de Educação Financeira nas escolas.
Os pais ainda julgaram seu conhecimento sobre algumas atividades e materiais do programa.

Esta nuvem de palavras foi criada a partir dos depoimentos espontâneos coletados nos questionários e reúne as palavras que aparecem com maior frequência. Quanto maior o tamanho das palavras, maior a frequência com a qual elas apareceram nos depoimentos.
COMENTÁRIOS
Diante dos resultados dos dados coletados, podemos destacar que, no geral, os pais valorizam o aprendizado sobre dinheiro para a vida dos seus filhos (9,45) e que educação financeira na escola prepara os filhos para a vida (8.81), além de julgarem relevante o programa da Oficina das Finanças adotado pela escola (8.36). A respeito do comportamento dos filhos, os pais avaliaram que eles compreendem que dinheiro pode gerar renda (7,85) e que estão guardando dinheiro para objetivos específicos (6,93). Infelizmente, o envolvimento dos familiares com o programa ainda é baixo, já que a maioria não teve acesso ao livro virtual (2,9), e poucos tiveram contato com alguma atividade do livro (4,52).
ALUNOS
Participaram 1071 alunos, com média de idade de 12,9 anos (DP=1,5 anos), a maioria do sexo feminino (51,9%). Os alunos eram de 16 escolas diferentes, cursando o Ensino Fundamental, em sua maioria do 8º e do 9º Ano (55,4%).
Os estudantes julgaram os itens abaixo utilizando uma escala de 0 (discordo totalmente) a 10 (concordo totalmente).
Considerando como os estudantes eram e pensavam antes das aulas de Educação Financeira e o presente estudo, eles avaliaram os seguintes comportamentos.
Foi realizado um processo de fatoração dos 18 itens, obtendo uma solução bifatorial em que o fator 1 agrupa itens sobre a relação dos alunos com o dinheiro, e o fator 2 agrupa itens sobre o comportamento financeiro.
Sobre as aulas, os alunos julgaram com que frequência cada uma das estratégias pedagógicas era utilizada, sendo 0 nunca e 10 sempre.

Esta nuvem de palavras foi criada a partir dos comentários dos alunos nos questionários e reúne aquelas que aparecem com maior frequência. Quanto maior o tamanho das palavras, maior a frequência com que elas apareceram nos depoimentos.
COMENTÁRIOS
Diante dos resultados dos dados coletados, podemos destacar que, no geral, os alunos têm visão ética a respeito do uso do dinheiro. Sabem sobre os impactos ambientais do consumo (8,44) e discordam de ganhar dinheiro prejudicando outras pessoas (8,23). Além disso, mostraram uma percepção positiva do uso de investimentos para gerar mais dinheiro (8,49). Relataram que, após as aulas de Educação Financeira, começaram a pesquisar os preços dos produtos antes de comprar (7,30) e não gastam todo dinheiro que recebem (6,21). Explicitaram que, durante as aulas, têm utilizado o livro do projeto (7,77-7,63), porém os vídeos são explorados com menos frequência (4,47).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa de impacto foi realizada pelo Laboratório de Psicologia Social da Universidade de Brasília sob coordenação do Prof. Dr. Fabio Iglesias e pesquisadores Camila Azevedo Gastal e Aline Fernandes. Teve por objetivo acompanhar os resultados do Programa de Educação Financeira na Escola da Oficina das Finanças na vida dos alunos, pais e professores.
CONTATOS
Prof. Dr. Fabio Iglesias
Coordenador da Pesquisa
Professor e Chefe do Depto. de Psicologia Social e do Trabalho
Universidade de Brasília
iglesias@unb.br
(61) 3107-6873
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/7272973509202067